O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se pronunciou nesta segunda-feira (26), após o Supremo Tribunal Federal (STF) acatar um requerimento da Procuradoria-Geral da República (PGR) e abrir inquérito contra ele. A investigação foi autorizada pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, que definiu Alexandre de Moraes como relator do caso.
A PGR afirma que Eduardo vem atuando para pressionar o Governo dos Estados Unidos a aplicar sanções contra ministros do STF, a própria Procuradoria e a Polícia Federal, em retaliação ao que chama de “perseguição política” contra ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro. As declarações, segundo o procurador-geral Paulo Gonet, teriam como objetivo “intimidar agentes públicos” e “embaraçar o julgamento técnico” em curso no STF, incluindo o inquérito das fake news.

Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Eduardo afirmou que a medida comprova a existência de um "Estado de exceção" no Brasil. “Antes eu era chacota, hoje sou ameaça à democracia. [...] O PGR deu mais um tiro no pé e confirmou o que sempre alertei”, escreveu. Ele também publicou um vídeo reforçando que a abertura do inquérito consolida sua permanência nos Estados Unidos, onde afirma atuar denunciando os supostos abusos de Moraes.
Antes eu era chacota, hoje sou ameaça à democracia.
— Eduardo Bolsonaro???????? (@BolsonaroSP) May 26, 2025
Nos subestimaram é só recentemente acordaram para a gravidade das consequências - por isso estão batendo cabeça.
Hoje o PGR deu mais um tiro no pé e confirmou o que sempre alertei: Brasil vive num Estado de exceção. E ainda… pic.twitter.com/2DpKqpFDDO
A representação que motivou o requerimento da PGR foi feita pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara. Gonet destacou ainda que Eduardo Bolsonaro chegou a sugerir sanções como cassação de vistos, bloqueio de bens e restrições comerciais a autoridades brasileiras, o que, segundo ele, representaria uma tentativa de influenciar indevidamente os rumos da Justiça brasileira.
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