Durante depoimento na sede da Polícia Federal (PF) na tarde desta segunda-feira (02), o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias pediu o bloqueio de bens e quebra de sigilo bancário e fiscal de Jair Bolsonaro (PL). Lindbergh é autor da queixa-crime que resultou na abertura da investigação relatada por Alexandre de Moraes.
O petista prestou depoimento no âmbito do inquérito que apura a articulação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) com autoridades americanas a fim de impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes. Lindbergh solicitou ainda uma série de medidas cautelares contra o ex-presidente com o objetivo de interromper a intimidação contra o STF.

Entre as medidas propostas, o líder do PT na Câmara pediu o cancelamento do aporte diplomático de Eduardo, bem como a suspensão imediata de remessas de dinheiro a ele, visto que ele acusa Bolsonaro de se beneficiar pelas ações do filho e de bancar sua estadia no exterior. Lindbergh também quer abertura de uma investigação contra o deputado Felipe Barros (PL) por supostamente contribuir “com a negociação de intervenção estrangeira contra autoridades brasileiras”.
“Pela primeira vez na história, vemos um grupo político brasileiro atuar abertamente a favor de sanções estrangeiras contra o próprio país. Nem o integralismo fascista de Plínio Salgado chegou a esse ponto de traição da Pátria!”, disse o líder do PT, no X.
Eduardo se licenciou da Câmara em março e saiu do país por se considerar perseguido. Em maio e ex-presidente chegou a afirmar que tem bancado a permanência do filho nos Estados Unidos com parte dos R$ 17,2 milhões recebidos via pix de apoiadores, em 2023. A PGR acusa Eduardo Bolsonaro pelos supostos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
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