Confirmando as previsões das pesquisas, Lee Jae-myung, do centro-esquerdista Partido Democrático da Coreia (DPK), foi eleito presidente da Coreia do Sul na votação antecipada realizada nesta terça-feira (3).
Com 95,4% das urnas apuradas, Lee lidera com 48,92% dos votos, contra 41,88% de Kim Moon-soo, candidato do conservador Partido do Poder Popular (PPP). No sistema eleitoral sul-coreano, basta ser o mais votado para vencer, sem a necessidade de maioria absoluta.
Kim Moon-soo reconheceu a derrota em um discurso oficial e afirmou: “Aceito respeitosamente a escolha do povo sul-coreano. Parabéns a Lee Jae-myung por sua vitória”, conforme divulgado pela BBC.
A eleição, originalmente prevista para março de 2027, foi antecipada após a confirmação do impeachment do então presidente Yoon Suk Yeol, do PPP, pelo Tribunal Constitucional em abril. O afastamento de Yoon já havia sido aprovado pelo Parlamento em dezembro do ano anterior.
A crise teve início em 3 de dezembro de 2024, quando Yoon declarou lei marcial, alegando que o DPK — principal partido de oposição — era "pró-Coreia do Norte", e que a medida seria necessária para preservar a ordem constitucional. Mesmo com tropas militares ocupando o prédio do Legislativo, o Parlamento votou pela revogação da lei marcial, o que levou o presidente a recuar e cancelar a decisão. Poucos dias depois, a Assembleia Nacional aprovou seu impeachment.
Por se tratar de uma eleição extraordinária, não haverá o tradicional período de transição de dois meses. Com isso, Lee Jae-myung tomará posse já nesta quarta-feira (4) para um mandato de cinco anos.
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