O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a libertação de 110 manifestantes nessa segunda-feira (03). Eles haviam sido presos durante os protestos que contestaram a reeleição de Maduro em julho de 2024.
Com essa ação, o total de detentos soltos desde então ultraa 2 mil, de acordo com o procurador-geral Tarek William Saab. A soltura foi realizada diante da crescente pressão internacional, especialmente de países como Colômbia e Brasil, que cobram medidas pós-eleitorais do governo venezuelano para que ele libere os opositores políticos.

Também foi autorizada a instalação de um gerador de energia na Embaixada da Argentina em Caracas. Os opositores asilados estavam sem eletricidade no local há aproximadamente 100 dias.
Mesmo com as evidências de fraudes nas eleições do país, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), a mais alta corte do país, reconheceu a reeleição do presidente venezuelano na votação de 28 de julho. O tribunal está alinhado ao regime de Maduro.
Prisões arbitrárias
A autenticidade das liberações foi questionada, já que Nicolás Maduro é acusado de tentar melhorar sua imagem internacional sem realizar reformas políticas.
Opositores como María Corina Machado, que estão reagindo ao autoritarismo do governo da Venezuela, elogiaram a liberação, referindo-se aos detidos como “heróis” que enfrentaram uma “luta longa e dolorosa”. A oposição, entretanto, segue pessimista em relação às intenções do governo com as libertações.
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