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Economia e Negócios

Prévia da inflação: IPCA-15 sobe 0,36% puxado pela alta dos medicamentos

Esse é o menor aumento para o mês desde 2020, quando houve uma queda de 0,59%, segundo o IBGE.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, registrou uma alta de 0,36% em maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor aumento para o mês desde 2020, quando houve uma queda de 0,59%. Nos últimos quatro anos, as variações para maio foram de 0,44%, 0,59%, 0,51% e 0,44%, respectivamente. Com o resultado de maio, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 5,40%, abaixo dos 5,49% registrados até abril, enquanto, no ano, os preços subiram, em média, 2,80%.

De acordo com o IBGE, os grupos que mais pressionaram a inflação foram Vestuário, com alta de 0,92%, Saúde e cuidados pessoais (0,91%) e Habitação (0,67%). A energia elétrica residencial subiu 1,68% no mês, sendo o item que mais influenciou o IPCA-15, com impacto de 0,06 ponto percentual. A elevação está relacionada à bandeira tarifária amarela, que adicionou R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, devido à redução das chuvas com a transição do período chuvoso para o seco. Além disso, houve reajuste tarifário nas concessionárias de energia na Bahia e em Pernambuco.

Foto: Alef Leão/GP1Remédios
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Em Saúde e cuidados pessoais, o aumento foi impulsionado pelo reajuste autorizado nos preços dos medicamentos, em vigor desde 31 de março. Os medicamentos puderam ter alta máxima de 5,06% para aqueles com maior concorrência no mercado, de 3,83% para produtos com média concorrência e de 2,60% para os de baixa ou nenhuma concorrência. Esse ajuste resultou em uma elevação de 1,93% nos preços dos produtos farmacêuticos, contribuindo significativamente para a alta registrada pelo IPCA-15 em maio.

No grupo Alimentação e bebidas, o índice desacelerou de 1,14% em abril para 0,39% neste mês. Entre os produtos que mais subiram, destacam-se a batata-inglesa (21,75%), a cebola (6,14%) e o café moído (4,82%). Por outro lado, houve quedas expressivas no preço do tomate (7,28%), do arroz (4,31%) e das frutas (1,64%), o que ajudou a conter uma alta maior no grupo. Sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram variação positiva em maio, incluindo também Despesas pessoais (0,50%), Comunicação (0,27%) e Educação (0,09%).

O grupo Transportes apresentou a maior queda no mês, com recuo de 0,29%, influenciado principalmente pela redução nas agens aéreas, que caíram 11,18%. Além disso, a tarifa zero aos domingos e feriados em Brasília e outras localidades contribuiu para uma queda de 1,24% no preço do ônibus urbano. Os combustíveis, que haviam recuado 0,38% em abril, apresentaram leve alta de 0,11% em maio, puxada pelos aumentos no etanol (0,54%) e na gasolina (0,14%), enquanto o óleo diesel (-1,53%) e o gás veicular (-0,96%) registraram queda.

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